segunda-feira, 12 de julho de 2010

Feios, Porcos e Maus
Feio, porcos e maus é o retrato da miséria humana. A vida num bairro da lata, de uma família, acompanhada com um realismo chocante que mostra essa outra faceta da grande cidade. Marginalizados e com leis próprias que se afastam de todas as normas civilizacionais dos seus vizinhos. Filhos, pais, avós, amantes, penduras, motas e ratos, inventavam espaço na pequena barraca em que vivem.
O pai é um homem que vazou um olho com o pretexto para receber uma indemnização do seguro. Desde então as suas preocupações acresceram uma vez que os outros, que por mero acaso são seus familiares, e desejam pequenos empréstimos do seu milhão. Passou a dormir com a espingarda à mão e com o olho desperto para caçar quem se aproximasse do seu tesouro. Uma série de acontecimentos surreais descrevem o dia-a-dia desta família e deste bairro. Casos demasiado bizarros, dividem-nos entre a náusea e o riso. Cresce a tensão e a revolta da família em relação ao pai. O homicídio parece ser o meio encontrado de recuperarem o dinheiro que ele começava a esbanjar em presentes com a nova amante. Um almoço de reconciliação é o pretexto para pôr em marcha o plano. Ele sobrevive a um prato de macarrão com raticida e a família continua desunida como sempre.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Texto Memorialista

Uma das coisas que marcaram um pouco a minha vida foi a despedida dos meus amigos que andavam na mesma escola que eu, e frequentavam a mesma turma.
A minha turma sempre foi muito unida e andávamos quase sempre juntos.
O último dia de aulas foi muito triste para mim, porque iria deixar os meus amigos e alguns deles nunca mais os iria ver.
Alguns dos meus amigos foram para fora do país.
Foi muito complicado para mim lidar com a ausência permanente daquelas pessoas.
Ao princípio ocupava os meus tempos livres escrevendo sobre cada um e ia recordado os momentos que nunca mais vão voltar.
Depois, com o tempo, fui-me conformando e aprendi que tudo passa muito rápido, por isso devemos aproveitar ao máximo os momentos passados ao lado das pessoas que para nós significam muito.
Por vezes somos injustos e discutimos por coisas inúteis, que se pensarmos bem nem sequer fazem sentido.
Há pessoas que passam na nossa vida e nunca mais são recordadas mas também há aquelas que entram de forma tão permanente que já mais serão esquecidas.
Para mim, um verdadeiro amigo é aquele que mesmo longe nunca se esquece de mim.

Mar, Metáfora da Vida

O Mar foi criado muitos milhões de anos após o nascimento da Terra, e ocupa cerca de 70% da sua superfície.
Foi nele que nasceram os primeiros seres vivos.
O mar deveria ser mais preservado.
Local escolhido para os corações apaixonados, o mar acolhe o amor e as suas turbulências. Ele polariza em si a complexidade dos sentimentos, uma vez sereno outras sacudido pela fúria das marés. É também espaço da visibilidade do poder de Deus que serena as águas revoltas nos transmite harmonia.
Existe em cada um de nós a ameaça de Adamastor.
O Mar comove pela sua sabedoria.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mar, metáfora da vida

O mar foi criado há milhões de anos, e ocupa setenta por cento da superfície da terra.
Foi no mar onde nasceram os primeiros seres vivos. O mar foi um sonho para os marinheiros, e devemos protegê-lo.
O mar representa o estado dos apaixonados, porque o mar umas vezes está sereno, e noutras está turbulento.
O mar é espelho do poder de Deus. O mar representa á coragem dos homens fazendo frente os seus medos e as suas superstições.
O mar comove-me pela sua sabedoria.

Texto Memorialista

No dia de 16 de Agosto de 2007fui passar as férias de Verão ao arquipélago dos Açores.
A ilha terceira tem paisagens verdejantes onde apetece passear, serras que desvendam horizontes e um quadriculado dos campos. Angra do Heroísmo é uma cidade muito bonita com um casario muito típico, cheio de cores e com uma baía lindíssima.
Faial é a “ilha Azul”, é assim conhecida devido às inúmeras sebes de hortênsias que rodeiam os campos, onde as vacas pastam. Os habitantes vivem da agricultura, pesca, comércio e turismo. A cidade da Horta é muito bonita e alegre. Ruas de casas brancas e cuidadas, praças coloridas por jardins, igrejas e museus. A marina é um autêntico museu ao ar livre, porque chegam todos os dias iates de todos os cantos do Mundo. É nas paredes da marina que deixam uma pintura que identifica o seu iate.
Pico é a ilha “Montanhosa”, é famosa pela tradição da caça à baleia, onde em tempos era a principal indústria da ilha.
São Miguel tem uma paisagem encantadora. As lagoas de Sete Cidades são uma aguarela viva onde predomina o verde e o azul. Nas furnas encontra-se viçosos jardins no fundo de uma cratera, onde correm ribeiros de água quente. No seu interior, existe um romântico Parque Terra Nostra com espécies exóticas, e uma piscina de água quente.
Eu gostei de todas as ilhas, mas a ilha de São Miguel foi a que mais me fascinou.
Mar, metáfora da vida

Nascido há milhões de anos, é o mar que sobressai, pois é cerca de setenta por cento do planeta.
Dai a importância destas águas, onde foram acolhidos os primeiros seres.
O mar foi um espaço de descoberta para os marinheiros, dai a necessidade de ser protegido.
O mar está associado aos corações apaixonados, pela sua instabilidade.
Demonstra os sonhos e as aventuras do Homem, associados á instabilidade das águas do mar.
O mar mostra-nos a sua força, através do poder da natureza.
Representa também as dificuldades que devem ser ultrapassadas.
E o mistério que deve ser descoberto para criarmos caminhos mais seguros.
O mar comove-me pela sabedoria que dele sai.
A memória


Durante os primeiros oito anos da minha vida morei em duas igrejas. Lembro-me do meu primeiro dia de aulas. A minha mãe levou-me à escola, mas não sei bem porquê não queria lá ficar de maneira nenhuma e fugi. Mas com o tempo habituei-me e até gostei da escola.
Lembro-me que nessa altura adorava brincar, de fingir ser quem eu não era, gostava de imitar profissões dos adultos, de ver televisão o dia todo. Nessa altura quem fazia parte dessas brincadeiras eram os meus vizinhos que moravam na casa em frente à minha.
Nessa altura o que mais me custou a ultrapassar foi a minha mudança de residência, porque deixei para trás os meus amigos e as nossas brincadeiras. Já na nova residência, os primeiros anos foram difíceis para integrar-me com os outros miúdos que para mim não passavam de autênticos desconhecidos. Foi uma altura em que me isolei do mundo, não me interessava por nada, era capaz de estar toda a semana dentro de casa em frente à televisão, como se vivesse num mundo à parte. Com o tempo apercebi-me de que não era a atitude mais correcta. Foi então, quase com dez anos, que comecei a entrar nas brincadeiras e a relacionar-me com os novos vizinhos.