segunda-feira, 12 de julho de 2010

Feios, Porcos e Maus
Feio, porcos e maus é o retrato da miséria humana. A vida num bairro da lata, de uma família, acompanhada com um realismo chocante que mostra essa outra faceta da grande cidade. Marginalizados e com leis próprias que se afastam de todas as normas civilizacionais dos seus vizinhos. Filhos, pais, avós, amantes, penduras, motas e ratos, inventavam espaço na pequena barraca em que vivem.
O pai é um homem que vazou um olho com o pretexto para receber uma indemnização do seguro. Desde então as suas preocupações acresceram uma vez que os outros, que por mero acaso são seus familiares, e desejam pequenos empréstimos do seu milhão. Passou a dormir com a espingarda à mão e com o olho desperto para caçar quem se aproximasse do seu tesouro. Uma série de acontecimentos surreais descrevem o dia-a-dia desta família e deste bairro. Casos demasiado bizarros, dividem-nos entre a náusea e o riso. Cresce a tensão e a revolta da família em relação ao pai. O homicídio parece ser o meio encontrado de recuperarem o dinheiro que ele começava a esbanjar em presentes com a nova amante. Um almoço de reconciliação é o pretexto para pôr em marcha o plano. Ele sobrevive a um prato de macarrão com raticida e a família continua desunida como sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário